O Espaço Vida Livre, sede do Instituto que resgata animais silvestres em situação de risco, ganhou um toque especial da Tok&Stok. Conheça o trabalho da ONG e veja o resultado da transformação.
Garantir que animais em situação de risco sejam cuidados e livres em seu habitat é o grande propósito do Instituto Vida Livre, fundado por Roched Seba no Rio de Janeiro. Com mais de 10 mil animais silvestres atendidos e mais de 3 mil hectares transformados para soltura e monitoramento de fauna, a ONG agora tem seu espaço próprio para continuar seu trabalho de pesquisa, cuidado e soltura dos bichos.
Inaugurado no final de 2021, o Espaço Vida Livre atenderá até 5 mil animais por ano, aliviando a pressão sobre os órgãos ambientais e cidadãos comuns que encontram animais em situação de risco na cidade. Para colaborar com a causa, a Tok&Stok mobiliou a sede da ONG para dar aos animais e aos voluntários do instituto o conforto funcional que precisam.
Conheça a nova sede do Espaço Vida Livre, saiba mais sobre o trabalho do instituto e inspire-se com a paixão do pesquisador e ativista Roched Seba pelos animais.
Crédito das fotos: Renata Freitas
Conheça o Instituto Vida Livre
O Instituto Vida Livre é uma organização não-governamental brasileira que trabalha na reabilitação e soltura de animais em situação de risco no Rio de Janeiro. O Vida Livre tem uma equipe diversificada que, em apenas cinco anos de trabalho, é um dos principais parceiros do Ibama-RJ e demais instituições na destinação de fauna apreendida e resgatada no Rio.
Entre as espécies atendidas estão tamanduás, jaguatiricas, pumas, gambás, jiboias, papagaios, tucanos, corujas e tantos outros que tiveram uma segunda chance de vida livre garantida.
Atua no suporte à fauna apreendida pelos órgãos de fiscalização, como também realiza resgates voluntários em diversas localidades. O trabalho é feito a partir das áreas de soltura de animais silvestres (ASAS) que são serviços que incluem plano de manejo, gestão, acompanhamento veterinário, exames e monitoramento pós-soltura.
O instituto cria e gerencia as áreas de soltura que garantem as etapas finais de reabilitação dos animais e o seu retorno seguro à vida livre.
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O Espaço Vida Livre
O projeto do Espaço Vida Livre é uma entrega que reuniu o esforço coletivo e colaborativo de diferentes parceiros e apoiadores para criar um serviço inovador em uma das cidades mais biodiversas do planeta.
O espaço é um serviço gratuito e democrático para atendimento das demandas dos órgãos de fiscalização e da comunidade. Inédito no Rio de Janeiro, será o primeiro serviço de suporte à fauna silvestre na Zona Sul da cidade.
Localizado no bairro do Jardim Botânico, o Espaço Vida Livre tem seu projeto de arquitetura assinado por Bel Lobo e sua equipe do BeBo, colaboração de Diana Joels, Studio Laura Lima e conta com o apoio da Tok&Stok na doação do mobiliário, incluindo desde mesas, balcões e armários até bancos, cadeiras e prateleiras.
Os recursos para a obra do Espaço vieram do apoio de pessoas, empresas parceiras e de uma campanha de arrecadação coletiva realizada em 2020. Por questões sanitárias, o espaço não recebe visitas.
Roched Seba: Pesquisador e ativista pelos animais silvestres
O Instituto Vida Livre é resultado de uma pesquisa científica de mestrado de Roched Seba, que surpreendeu os professores do curso de Engenharia de Produção na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em meados de 2005. Dez anos depois, a paixão pelos animais do pesquisador o tornou ativista pelo tema e hoje ela se materializou em uma organização não governamental de destaque no Rio de Janeiro e referência no País.
Com seu estudo ganhando cada vez mais força, Roched passou a receber o apoio de muitas pessoas. Dentre elas, o artista Ney Matogrosso — o primeiro grande parceiro e patrono do instituto, que recebeu em sua fazenda a primeira soltura de animais silvestres da entidade em 2015.
Naquele ano, o Vida Livre iniciou suas operações a partir da criação da Área de Soltura de Animais Silvestres (ASAS) Vida Livre Serra do Matogrosso, em Saquarema-RJ, desde então gerida pelo Instituto. A partir disso, outras áreas de solturas foram inauguradas e o trabalho foi ampliado com outros parceiros e patronos.
“Sempre foi um objetivo pensar nesse cuidado de animais em situação de risco. Animais que foram vítimas do tráfico, vítimas de caçadores, acidentes, animais órfãos e os que precisam de uma segunda chance – ou de quantas chances eles precisarem”, conta o pesquisador. Segundo ele, os animais precisam retomar o direito de vida livre baseados em quatro pilares:
- Cada animal tem sua história própria: Todos recebem um nome para que tenham sua trajetória humanizada;
- Cuidado com o bioma e ecossistema em que ele será colocado: Todos os animais são examinados, têm seu material biológico coletado para não disseminar doenças e recebem atenção dedicada na introdução de espécies;
- Divulgação: O Brasil tem a maior biodiversidade do mundo, mas ainda é pouco conhecida. Falar sobre o tema é essencial em todas as frentes, da arquitetura à moda;
- Manifesto de liberdade: Cada soltura de animais representa esse manifesto na sociedade.