Famoso pelo design único das cadeiras, Charles e Ray Eames têm uma história inspiradora; relembre as criações do casal de ouro
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Ícones da decoração de interiores, as cadeiras e poltronas Eames podem ser reconhecidas de longe. O desenho famoso e presente em casas e escritórios de todo o mundo é fruto do brilhantismo de Charles e Ray Eames, que passaram a carregar o título de casal de ouro depois de seus projetos inovadores no século XX.
Considerados um dos nomes mais influentes da arquitetura e design no período, Charles e Ray Eames foram pioneiros em diversas áreas com avançados projetos de móveis, arquitetura e multimídia, com destaque para o cinema, design gráfico e fotografia.
Conheça um pouco mais da história de Charles e Ray Eames e suas criações que ganharam e se consolidaram no mundo todo.
Cadeira Eiffel: Design inconfundível
A primeira e mais conhecida da coleção Eames, a cadeira Eiffel (nome dado pelo seu formato similar à Torre Eiffel) foi criada em 1950 e seu modelo versátil se encaixa em diferentes ambientes e contextos. Como sugestão de uso, ela também é chamada de cadeira DSW (Dining Height Side Chair Wood, ou seja, Cadeira de Madeira para jantar) e está disponível hoje em uma diversidade de cores. Sua base com pés palito de madeira reforça o aspecto retrô no ambiente e seu material leve torna as mudanças mais simples.
Uma curiosidade sobre o processo de criação das cadeiras de Charles e Ray Eames está exatamente na escolha do material. A primeira cadeira desenhada por ele era feita de chapa de aço, o que deixou o produto final com preço muito elevado.
A alternativa foi usar o plástico reforçado com fibra de vidro. As primeiras unidades eram bege, cinza e marrom. Depois, as cores amarelo, verde e vermelho amplificaram as opções para decorar os ambientes. Depois, as cadeiras ganharam braços e outros modelos de pés – inclusive com rodinhas.
Poltrona Eames Lounge: Conforto à primeira vista
O modelo da poltrona Eames Lounge estofada foi lançado em 1956 e foi um destaque entre o mobiliário da época, já que não existia nada igual até então. Além de seu design superar seus mais de 60 anos como atração de museus, ela faz com que os ambientes ganhem personalidade e estilo até hoje.
Ideal para sala de estar ou mesmo para o canto do quarto, a poltrona Eames Lounge deixa o espaço aconchegante e seu formato chega a abraçar quem repousa sobre ela. Confortável e com desenho atemporal, ela reflete originalidade e estilo para compor os ambientes e deixando-os ainda mais convidativos. Ainda é possível combinar este modelo de poltrona com o puff da mesma linha, deixando o espaço ainda mais acolhedor e completo.
Este modelo se encaixa em decorações vintage, marcadas pelo uso do couro e da madeira que envolve a poltrona.
Conheça a história de Charles e Ray
Quem foi Charles Eames
Em uma estadia na Europa, em 1929, conheceu o trabalho de Le Corbusier, Mies Van Der Rohe e Walter Gropius. Abriu seu próprio escritório com Charles Gray, em 1930 e em 1935, tornou-se sócio de Robert T. Walsh. Em 1936, ingressou na Cranbrook Academy of Arts, no Michigan. Lá encontrou colaboradores como Harry Bertoia e estreitou seus laços com Eliel e seu filho Eero – com quem venceu o concurso Organic Design in Home Furnishings, no MoMA – Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, em 1940. Neste mesmo ano, Charles tornou-se chefe do departamento de design industrial na instituição e conheceu sua segunda esposa, Bernice Alexandra Kaiser, mais conhecida como “Ray”.
Quem foi Ray Eames
Reconhecida artista plástica americana, Ray Eames expôs seu trabalho na primeira mostra de artistas abstratos americanos no Museu Riverside, em Nova Iorque. Em 1940, matriculou-se no curso de tecelagem na Cranbrook e, no ano seguinte, casou-se e associou-se profissionalmente com Charles Eames.
No final dos anos 40, como parte de um estudo de caso proposto por uma revista do setor, Charles e Ray projetaram a revolucionária Eames House, conhecida como Pacific Palisades. Com design inovador e uso de novos materiais, a casa localizada em cima de um penhasco sobre o Oceano Pacífico se tornou uma das maiores referências da arquitetura no pós-guerra.
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