Embarque nessa viagem pelo Brasil em busca de um dos nossos maiores patrimônios culturais: o artesanato de raiz.
O artesanato brasileiro de raiz é um patrimônio cultural do nosso País. Por isso, precisamos valorizá-lo e estimulá-lo, para que estes saberes não se percam com o passar do tempo. São inúmeras expressões autênticas de arte, design, cultura, ancestralidade e identidade próprias, que revelam todo o potencial criativo e saberes populares do nosso povo e cultura.
Neste post, apresentamos alguns representantes desta arte tão própria e singular das cinco regiões do País para te inspirar e enriquecer seus ambientes com charme, significado e muita história.
NORDESTE
Trançados, bordados, cerâmicas e encantos no artesanato brasileiro do Nordeste
Trançado Buriti (Tutóia – MA)
Os trabalhos de trançado de tala de buriti evocam uma tradição muito antiga dos tempos imemoriais, nos quais habitavam os ancestrais dos territórios Tutóia no Maranhão. A partir da tala do buriti, as mulheres da associação Casa Rosa Amador produzem manualmente uma infinidade de produtos que se tornaram ícones do artesanato brasileiro.
Respeitando a nossa natureza local, uma vez que é necessário o correto manejo e reflorestamento dos buritizeiros, as artesãs depenam as palmeiras jovens para extrair a matéria prima. Além disso, o caroço de mucunã, outra planta local, também é utilizada, de maneira sustentável, para finalização e adorno das peças.
Flor do Mar (Recife – PE)
Este projeto atua com a produção artesanal de flores e outros objetos decorativos com escama de peixes, hastes de palhas de coqueiros, fios de buriti e cascalhos de conchas do mar. Desde o seu início, em Recife (PE), há 15 anos, vários colaboradores agregaram-se ao projeto, que contribui tanto para a geração de renda adicional a trabalhadores locais, quanto para a sustentação de um equilíbrio ambiental pela utilização de insumos que antes iriam para o lixo.
Redes Santa Luzia (São Bento – PB)
Produzidas manualmente por artesãos do agreste paraibano, as redes são resultado de um importante ciclo de responsabilidade social que inclui trabalhadores locais na confecção de artesanatos. Sustentável, a produção garante a relação do homem com suas tradições e raízes, além de gerar renda e sustento para suas famílias.
A matéria-prima alimenta a fábrica e as artesãs que produzem redes de descanso, mantas, entre outros.
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SUL
Valorização da cultura local e baixo impacto ambiental no artesanato do Sul
Espaço Bonequiando (Santa Catarina)
Inspiradas no cotidiano do litoral catarinense, as peças da linha Açoriana são produzidas pelas mãos do ceramista Johannes Lacerda. Um espaço de referência cultural local, que oferece oficinas, saraus e bazares para disseminar arte para a população.
Inspiradas no cotidiano do litoral catarinense, as peças da linha Açoriana são produzidas com argila retirada de locais com baixo impacto ambiental. O Espaço Bonequiando se tornou referência cultural, valorizando as características da cultura, geografia e arquitetura açoriana, representadas por casas, esculturas lúdicas, vasos e outras peças cuidadosamente decoradas à mão.
SUDESTE
Tradição em diferentes matérias primas no artesanato do Sudeste
Mãos de barro (Vale do Jequitinhonha – MG)
Reconhecidos como Patrimônio Cultural do Estado de Minas Gerais, os ofícios e saberes das mulheres do Vale do Jequitinhonha são passados de geração em geração e resultaram na coleção Mãos de Barro. Constitui um trabalho 100% artesanal realizado nas comunidades de Campo Alegre, Coqueiro Campo e Poço D’água, no município de Turmalina, Vale do Jequitinhonha; desenvolvido na casa de cada artesã e organizado nas associações.
A matéria prima é o barro, que é tirado de barreiros na região. Mesmo quando há poucas quantidades de barro, as artesãs fazem uma grande quantidade de peças. Como resultado, temos produtos únicos, repletos de história e que são fontes de renda para as famílias locais, além de auxiliarem na manutenção da cultura tradicional do Vale e incentivarem futuras gerações a se interessarem pelo trabalho artesanal brasileiro.
Linha Taboa (Potim – SP)
Com uma linha de cestos, vasos, organizadores e adornos, a linha Taboa nasceu das margens dos brejos e ribeirões do município de Potim, no Vale do Paraíba. O projeto dos artesãos forma a Cooperativa Fibra Artesanato, que une experiência e respeito com a matéria-prima, desenvolve produtos que fortalecem tradições familiares e geram renda para a comunidade local.
Linha Xilo (Serro – MG)
Tendo como base a marcenaria, a linha Xilo é fruto do aproveitamento consciente das sobras e aparas de madeiras nobres, como a peroba-rosa e o jacarandá. Feita manualmente pelo mestre-artesão Janduy Baccarini Costa, ela é composta por peças únicas e repletas de tradição, originalidade e identidade.
Palha café (Rio Novo do Sul – ES)
A palha do café, reaproveitada por artesãos do Núcleo Fibras Naturais Rio Novo do Sul, é transformada em revestimento para vários produtos sob técnica própria. Os artesãos usam resíduo do café e o transformam em revestimentos para vários objetos decorativos.
Divino (Lagoa Dourada – MG)
Confeccionados em madeira maciça e acabamentos variados, as peças da coleção Divino são representações iconográficas mineiras e carregam em si toda grandeza do trabalho manual.
NORTE
A fauna da região Amazônica em foco no artesanato do Norte
Bioarte (Novo Airão – AM)
A arraia feita pelo artesão Joarlison, de Novo Airão, no Amazonas, é uma das peças de madeira confeccionadas com refugos recuperados em vários pontos da cidade ou abandonados na mata. Com esse insumo, os artesãos locais produzem os mais variados objetos, como caixas, utensílios e acessórios.
Com a proibição de extração de matéria-prima na década de 1980, o turismo ecológico e o artesanato despontaram como possibilidades de geração de renda e preservação das tradições culturais locais. As mãos que esculpem a madeira se inspiram principalmente na fauna da região e em objetos muito presentes no cotidiano dos moradores.
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CENTRO-OESTE
Cultura em harmonia com a natureza no artesanato do Centro-Oeste
Bichos do Pantanal (Aldeia Passarinho – MS)
Dando destaque à rica fauna da região centro-oeste, os bichos do pantanal são produzidos pela família Medina da Aldeia Passarinho, tradição passada de geração em geração e mantida por seu patriarca. Para a produção são utilizados troncos de madeira já caídos nas matas, dentre eles o Cedro rosa. Os bichos do pantanal são esculpidos, e para o acabamento são utilizadas diversas técnicas, como entalhe e pintura com pigmentos naturais.
Cerâmicas Terena (Miranda – MS)
Com relação harmoniosa com a natureza por meio de suas peças artesanais, as peças de cerâmica são produzidas pela família Batista da Aldeia Cachoeirinha, onde o conhecimento e as técnicas são passadas pelas famílias.
Modeladas e pintadas usando os próprios pigmentos naturais do solo, passam por um processo de queima em fogueiras, e acabamento com brilho que é obtido pelo “brunir”, um tipo de polimento de pedras presentes nos rios.
Cerâmicas Kadiwéu (Miranda – MS)
As cerâmicas produzidas pelas mulheres da etnia Kadiwéu contam com grafismos bem marcados e texturas bem características do povo originário do Mato Grosso do Sul. A matéria vai sendo moldada artesanalmente em vasos de diferentes tamanhos, pratos, animais, enfeites de parede entre outros.
Os pigmentos usados para finalizar as peças de artesanato brasileiro são todos naturais e são feitos através da mistura de diversos materiais, como areias coloridas, jenipapo, pó de carvão e resinas de árvores.
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O artesanato brasileiro é uma das formas de levar as nossas raízes para os nossos dias, espaços e interações. Presentear alguém com uma peça artesanal também é uma forma de demonstrar carinho, escolhendo uma peça exclusiva e personalizada. Descubra todas as texturas, formas e cores do nosso artesanato na Tok&Stok e embarque nesta viagem pelo Brasil.
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